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Os Adventistas e a Política

Nem sempre é fácil determinar a fronteira entre assuntos sociais e políticos. Os pioneiros adventistas estiveram envolvidos em algumas questões sociais. No início, os adventistas estiveram interessados em combater o alcoolismo, a escravidão, a opressão da mulher e em programas que atendessem às necessidades educacionais de crianças e jovens.

O Dr. Beach, autoridade mundial em liberdade religiosa, escreveu: "Cristianismo não é uma religião de indivíduos isolados ou de pessoas voltadas somente para seu interior; é uma religião de comunidade. Os dons e virtudes cristãos têm implicações sociais. Compromisso com Jesus Cristo significa compromisso que gera responsabilidade pelo bem-estar de outras pessoas."

Conheça alguns princípios que poderão ser úteis em período de eleições:

A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA É NEUTRA EM RELAÇÃO A PARTIDOS POLÍTICOS.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia evita orientar seus membros em questões ligadas à política e não apoia qualquer partido político em particular. Alguns membros da igreja têm se envolvido em política, e isso é uma decisão pessoal. Devido à rivalidade que frequentemente existe entre partidos políticos, é preferível que os cristãos, que se candidatam a cargos públicos, sempre o façam de modo independente.

A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA NÃO É NEUTRA EM QUESTÕES MORAIS.
Os valores cristãos devem ser partilhados, promovidos e protegidos. Quando um programa político está em oposição aos valores cristãos, como justiça, temperança, liberdade e separação entre igreja e estado, o cidadão adventista tem que acompanhar sua tarefa de acordo com suas crenças e consciência. Recusar votar não é uma forma eficaz de contribuir para uma sociedade melhor. Algumas leis e programas políticos podem ter resultados muito negativos.

Ellen G. White escreveu: "Em nossa terra favorecida, todo eleitor tem de certo modo voz em decidir que espécie de leis hão de reger a nação. Não deviam sua influência e voto ser postos do lado da temperança e da virtude?" (Obreiros Evangélicos, p. 387).

A IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA NÃO DITA COMO VOTAR.
A decisão sobre como votar ou a quem apoiar é uma decisão individual. Isso deve ser feito de forma compenetrada, baseado naquilo que acreditamos ser o melhor para o país e para a continuação da proclamação do evangelho. A igreja não deve estar envolvida em campanha política. Nunca deveriam o púlpito ou encontros da igreja ser plataforma para campanhas políticas: "Queremos nós saber a melhor maneira de podermos agradar ao Salvador? Não é empenhando-nos em polêmicas políticas, seja no púlpito ou fora dele" (Testemunhos Para Ministros, p. 331).

O CRISTÃO APOIA A SEPARAÇÃO ENTRE IGREJA E ESTADO.
Nenhum poder ou governo terrestre tem o direito de legislar em assuntos de religião, e nunca deveria a igreja usar sua influência ou seu poder para criar leis religiosas ou forçar outros a agirem de acordo com suas crenças ou práticas: "Toda perseguição, toda a força empregada para obrigar a consciência, provém de Satanás; e aqueles que se encarregam desses planos são seus agentes para executar seus propósitos diabólicos". (Review and Herald, 10 de janeiro de 1893).

John Graz
Diretor do Departamento de Liberdade Religiosa da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Fonte: Revista do Ancião jul-set 2010.

NOTA: Não ser neutro em questões morais significa, na prática, não votar em qualquer candidato (a) que defenda a legalização do aborto, da prostituição, das drogas e de outras imoralidades...

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